domingo, 21 de agosto de 2011

sou escrava do medo

O medo da solidão é tanto
Que cala minha boca.
Desvia minha atençao antes levada
sem preconceitos.
Agora já não posso mais.
Fico muda, quieta.
Finjo que tudo não passa de um devaneio,
e passo a acreditar que "tudo vai passar" ...
Mentira.
Não vai passar - e mais uma vez me sinto enganda,
por mim mesma, no meu eterno medo da solidão.
O que o medo de tomar uma atitude compatível comigo
não faz de mim!? Não fez de mim!?
Fico paralisada com a vontade de não ter sabido, visto
ou apenas imaginado.
Um pouco pela minha loucura de ver onde
nada aparece, outras pela vontade de gritar ao
ponto de deixar todos pequenos.
Raiva.
De mim claro.
Mais um passo no desconhecido ...
Na revelação do que sou e assim me conheço um pouco mais
No que acredito, no que quero ...
Grito, berro e sozinha no quarto já consigo escutar os versos
cantados sobre uma "louca que acreditava ainda no humano..."
Ver o que os olhos estão me dizendo. O sexto sentido
há por toda parte e eu já sabia, sempre sabia.
Só faltava o grito,
As paredes se romperem
E eu ter coragem!

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