sábado, 27 de outubro de 2012

viagem interna



Cuzco - Peru

Entre gritos, sorrisos e história, a solidão
Diante de uma arte perdida, a alegria em encontrar a
pergunta que me escapava

Há um brilho intenso naqueles que vivem com uma mochila nas costas
Viver sem fronteiras possibilita a chance de ser um pouco menos de mim
Nada é meu e tudo pode me pertencer
O céu nas mãos, a trilha por fazer
O cheiro do que ainda não vivi

Aberta a mente, quem a pode limitar?






terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sempre foi assim



Minhas idéias abstratas, que me confundem diariamente
Raízes mal seguradas nessa terra que me abandona pelo céu
Folhas que já se foram
Sem frutos, sem sementes, sem mais nada
O pó que volta, o vazio libertador que impera
A dúvida entre não fazer e tudo tentar
A loucura entre ficar ou fingir que está ainda aqui...

E isso é tão delicado
É tão meu, tão desigual, melancólico ...

Coloco-me no palco mais uma vez
Permito-me arriscar novamente
Dou-me mais uma chance de ser
Olho para essas raízes ingratas, que teimam em voar
E olho para o eterno lá em cima, que tudo
faz para me
guiar


obs: um dia moro numa nuvem, crio raízes dançarinas
e provoco tempestade de alegria




 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A culpa foi do chão


Chega hora em que quebrar um vaso não é loucura
É apenas o grito em silêncio
A raiva estampada na mudez dos móveis
É o que se extrapola, mas que não foi dito
É a quebra, a queda
O vaso trincado que sempre será lembrado
A culpa do chão, por ser tão duro
A rigidez das palavras descarregadas, o verbo que vira
sangue ou pedaços espalhados
Alguns recuperados, outros nunca mais
A falha na reconstrução
O labor pra deixar novamente cada pedaço em seu lugar
...