quinta-feira, 18 de abril de 2013

Deixo meu dia sem cores de alegria


Por momentos inversos, o tempo se fecha um pouco
O cinza esconde a luz natural, o dia que já se foi
As horas confusas não marcam mais o presente

Há um direito humano diante do tempo que muda
Assim como o céu sempre tem cores singulares
Nós, pequenos seres angustiados, podemos também perder o sentido das coisas

Nada sei sobre sentido
Nada sei sobre o silêncio

As palavras pulam feito pipoca com medo do fogo
O coração dita regras sem juízo
O olhar não brilha mais com compreensão

Mas sabendo que o tempo muda
Deixo ser embalada por ele
Deixo as cores voltarem um outro dia

Hoje, permito nenhuma luz entrar
Nenhuma sabedoria me convencer
Por enquanto decido o sol não ver

"Porque há o direito ao grito. Então eu grito." (Clarice Lispector)