quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pintura celeste



Naquela tarde no parque, quando vi e registrei. Alegre deveria eu estar...


Todos os dias o céu me provoca com suas cores

É pintura celestial na perfeita obra do artista
É alegria para os olhos
É alimento de esperança
É beleza que irradia ao finalizar mais um dia

Alegro-me na presença do fim

Semente que brota no outro dia é recompensa para quem espera
Sol que vai e sempre volta é força para nunca abandonar

O cinza vira amarelo
Árvora vira personagem que acena para também dormir..

E sempre há uma cor que não tem nome
Naquela mistura que a imaginação vê quando vazio fica mente
Quando os pensamentos já não pensam...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Olho para trás mas prossigo mais um pouco


Entre tantos trilhos
Um que acompanha um rio
Entre tantos tropeços
Um caminho que só tenha pedras

A arte de andar é a própria arte do movimento, lei eterna que cruza o infinito

Olhos curvados sobre os passos é andar atento, mas perder o vento...
Andar com os olhos voltados para as montanhas é não ver o próximo buraco que se aproxima...

Mas só andar é em si o maior desafio
Carrego minha mochila, cada vez mais vazia
Trago dos lugares pessoas e lições
Trago de lembrança, aquela pessoa que fui

A teoria deixa lugar para a experiência sentida em todos os detalhes
O silêncio da contemplação
O descanso na pedra por segundos confortantes

Que a viagem também seja interna

Que os caminhos trilhados provoquem rupturas ao extremo

Vi um mundo melhor na solidão da mata fechada
Vi pessoas simples distribuindo alegria e cobertor na singela educação de seres evoluídos
Vi poesia feita só pra mim
Vi o calor do êxtase nas descobertas de algumas coisas

E o mundo sempre se expande
E enquanto escrevo, ele se expande mais um pouco ...







quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

eterna maya de todos nós

Há um silêncio pelo qual eu ainda espero
Um motivo sem sentido para entender o que pergunto
Vi mais pedras, mais estradas atraentes
Quero um atalho que seja só meu

Querer o próximo alegre é não ver que lágrima também limpa

Ver o caminho é descuidar um pouco de quem anda ao seu lado
É perder-se dos outros
Muda-se a aparência e o interno fica o mesmo
Muda-se as palavras, mas no silêncio há um grito muito maior

Muda-se atitudes e no fim, todos ficam iguais

Eterna Maya
Atraente e doce ilusão
Pequena porção de realidade misturada com o amargo preço da vida sufocada
Não é liberdade, é apenas uma opção por escolher não livre ser...

O livre-arbítrio impera ?

E os olhos se fecham pois o prazer é recompensador
E os sonhos ganham sentido nenhum
E a realidade se vai

E a poderosa sombra do irreal em todas as sua mais variadas alternativas, fica estabelecida mais uma vez