domingo, 25 de dezembro de 2011

o que sempre sinto nesse dia


Não é ser piegas, mas nesse dia sempre ficamos mais introspectivos.
Lembrar de mais um ano que está passando e também lembrar da nossa religião, muitas vezes abandonada ou jogada de lado diante de tantos afazeres terrenos. Nesse dia, por um minuto que seja, todos nós desejamos ser melhores, sermos mais compreensivos, mais humanos. Dia que nossa generosidade está ampliada. Parece até que tudo o que fizermos hoje será colocado em questão, diante de um julgamento divino. Hoje queremos ser o que nossa essência pede.
Os abraços são verdadeiros, o pensamento é de alegria e de felicitar os desconhecidos.
Pelo menos a maioria pensa assim, e isso é bom. Mas bom seria se essa maioria pensasse assim todos os dias...
Quem sabe os mais céticos não reconheceriam que não se trata apenas de um dia estabelecido pelo sistema, mas de dias que nossa espiritualidade dominará, nos guiará e sempre será natal? poi o Natal Verdadeiro é aquele dia onde o Cristo Íntimo, em cada um, nasce e pode assim, crescer em nós!


Hoje estou nostálgica, mas estou também esperançosa...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

o que mais preciso jogar fora?

O quarto arrumado.
Tudo em ordem.
E tudo o que não servia, já foi ensacado e colocado lá na rua.
Mais um ano que me pede essa atitude, de abrir mão do apego à uma folha de papel, à propaganda daquela festa que nunca mais vai acontecer ou dos folhetos teatrais que não perdia um dia ...
Mas o que fazer quando é hora de jogar o que fica aqui dentro?
Ou tentarei fingir que um quarto vazio satisfará meu pensamento?

Como lançar para longe o que não mais se quer pensar?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

a pausa necessária

Quando as asas ficam cansadas é hora de uma pausa. Um suspiro longo que dure o tempo necessário para nossa recuperação...
Hora de colocar nada na mente e aproveitar a solidão para se ver diante do espelho que ninguém quer encarar. No começo sempre achamos que não é importante e que ainda teremos força para encarar qualquer obstáculo, qualquer palavra que fere.
Mas quando nos entregamos à dor, ao choro contido, à perda que ensina, tudo isso é como o bálsamo, limpando as feridas e nos aprimorando para melhores voos. E sempre há voos melhores, mais altos ...

domingo, 11 de dezembro de 2011

e o que ver então ?

Talvez veja miséria - aquela que anda há em mim.
Talvez eu pense que foi um erro ter ido e me convença que minha futilidade é mais importante.
Talvez eu queira morar lá, e não viver mais nessas quadrados cheios de rótulos.

Talvez eu perca boas placas de cimento que ainda residem  -  e isso será bom.

Quem sabe não vejo o que de fato eu fui procurar?
E ver tantas coisas e tantas escolhas...

Talvez eu consiga ver e ouvir os passos dos ancestrais, e perceba que nada escapa da nossa mãe Pachamama.

Talvez eu faça uma oferenda, participe de meu próprio ritual, queime meus egos, e volte um pouco mas leve - não leviana, mais leve!

Talvez eu descubra boa parte do sou agora, e do que fui.

E que ao ver suas diferenças eu possa descobrir que o importante mesmo é continuar a mudar ...



:nem vejo mais as horas:

A muita liberdade pode provocar certa angústia.
Ficar longe do tempo, do compasso das horas e do ritmo enquadrado, pode provocar certas convulsões na mente de quem não sabe ainda como lidar com tal liberdade provocante ...

Mas sempre aprende, taí algo que ninguém vai deixar de aprender - ser livre.

E aprender com um sorriso estranho no rosto, um sorriso quase impossível de ser escondido, camuflado. Sorriso de quem passou muito tempo no casulo, que teve sua fase, seu período.

Mas agora é hora de voar ... e se for em boa companhia bem melhor será ...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mais fácil de entender ...


A maluquice em ver tudo ao avesso
Me confunde como borboleta que não sabe seu rumo
Que voa, bate suas asas e qualquer lugar lhe serve
Talvez eu seja ainda assim, leviana
e não me enxaixar muito bem
parece um ofício, quase uma missão
Mas gostando do avesso, como sempre gostei
Fica bem mais fácil não saber o destino
O que importa aqui é só bater minhas asas ...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

uma lei de não-ser




E nada é tão cruel como a nossa capacidade de ver as coisas só do nosso jeito
Bem ao nosso jeito, ali da nossa cadeira, e do nosso conforto egoísta
Sentados aqui, parados, atrofiados no que pensamos, somos os donos do mundo
...
E há tantos donos, tantos juízes, para tantos pouco crimes
Pois o crime aqui é pensar, o crime é falar
o crime é ser ...


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

não encaixa mais:


Talvez é necessário começar tudo novamente
Algumas peças no lixo
Outras guardadas para mais tarde
E essa brincadeira de construir e desconstruir
Talvez possa me ajudar a entender um
pouco mais de mim ...

continuando no caminho ...

E o que conheço se torna tão pequeno diante desse mundo de possibilidades, que vejo o invisível se mostrar, o futuro me guiar, o amor me acompanhar. Na medida que sigo, compreendo a vida, na medida que as horas passam, o amor se infiltra mais, me conduz e nada mais importa. O que vale agora é minha evolução e o amor que muda e transforma todos nós ...





domingo, 27 de novembro de 2011

procuro



Ultrapasso o que eu sou.
Dou um passo a mais, fico longe da matéria.
Vejo minha essência - luz, calor e som ...

domingo, 20 de novembro de 2011

equilibrando na corda que sempre bamba

Pouco entendo sobre muitas coisas
E o que vejo são pessoas
Me ensinando a dominar minha emoção pela razão

Seria essa uma opção viável ?

Entender tudo através da mente atolada
de conceitos não me deixaria submersa num gelo
sem alegria ?

Razão ...
Eis a questão
Emoção ...
Eis o pecado, a falha, o coração entregue e sem batimentos ...

E a alegria em ver um amigo, onde fica ?
A emoção ao descobrir uma nova flor ?
A tristeza sentida ao ver ainda
tanta injustiça ?

Minha razão não seria muito mais
beneficiada com a emoção abrindo meus sentidos ?
Com o coração pulsando na mudança, nas novas sensações e
percepções que a mente ainda não consegue ver ?

Assim, desejo trilhar o caminho da temperança e do verdadeiro amor
Amor simplesmente
Amar sem nada pedir em troca
Todas as ciaturas, todos os seres

Longe de mim todas as preferências

Que eu possa ver com os olhos que a mente não tem
Que eu entenda o crescimento de cada um
Que eu vença, a mim mesma
Que eu acredite na fé alheia

Que eu abraçe todas as doutrinas
E entenda que tudo converge para um mesmo fim

"Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade." (QUINTANA, Mário)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

era preciso escrever

Eram restos perdidos
Lançados fora para ninguém ver
Medidas para a preservação da espécie
Coisas e olhares que não me lembro
Pensamentos impuros e desajeitados
Xícaras quebradas na sala de jantar
O silêncio
As palavras já  não adiantavam
"fique aqui" - e fiquei
Mas era subliminar - "vá!"
Feitos e trajetos que não eram meus
E aptidões invisíveis
Como a estrela que nasce, que morre
e nem é vista, muitos menos contemplada
As frases soltas
São de quem não sabe mais
São de quem está perdido, desconectado
Desligado
As imagens não tem mais importância
E o sentimento se extingue a cada nova
realidade estampada na cara de quem acreditava
Mas é a roda de samsara
E vou sair dela
Prometo ...


sábado, 5 de novembro de 2011

: Longe de mim o relógio :


Estou jogando pelo caminho ...
Assim como o grande poeta. Contar é inutil ...

Quando o tempo passa quero perceber
as cores ao seu lado
Ao lado do sorriso sincero
Risadas escandalosas

Quero lançar no tempo o que ele não me dá - paz

Quero me desconectar
Passar, bem devagarinho
Contar sim - as pedras que eu for achando
Ou então quantas flores vermelhas com aquele
cheiro que me lembrou de você...

Quero um tempo não contado
Num mundo que seja meu, seu - nosso
E ver o que não via
Desse mundo
aprisionado
...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

lembranças do trabalho ...




prestemos atenção ao que nossa rainha deseja nos
 lembrar ...
Luz ...
E minha mente se abriu ao ouvir o som que veio dos embalos da música mística
e misteriosa que só as folhas sabem ao certo sua melodia e perfeição.
Silêncio e meus instintos ficaram cada vez mais conectados com a substância real que só a Natureza pôde me proporcionar.
O sentimento de vazio foi a condição para que meu corpo pudesse ser lançado em
águas tranquilas do verdadeiro ser.
Seres que estavam ao meu lado, a fortaleza recuperada.
Os vícios eliminados.
O fogo, o vento e todos os
demais elementos...
O ciclo da deusa.
O despertar da consciência.
O chá da salvação.
E as emanações se tornaram tão fortes que vi os seres alados,
vi os entes queridos e
vi um cão a me proteger ...
Pude ver
quem eu fui ... em tantas vidas ocultas.
E o mundo se tornou meu
em restos do que
ele já era.
Mas de um colorido bem mais interessante ...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

... vi assim ...

Era necessário mudar
Fazer desaparecer algumas pegadas
Andar sobre outros trilhos
E arrancar os rótulos,
que esquecidos acabavam dominando
todas as questões

Ver o mundo ...
Aproximar ao máximo de mim
e ver o que sou, o que serei
E mudar, sempre
que achar importante

E a reviravolta
Me colocou em posições significativas e
ver por outros ângulos e outras
linhas me proporcionou vantagens de uma visão quase exclusiva

E decidi então ver o mundo de lado, de ponta cabeça
ou como achei desejável

E ele tornou-se assim, muito mais cativante,
muito mais multiforme
e muito mais possível ...



...



Quando percebo o som que vem do ar a me falar
vejo o quanto ainda preciso escutar
O quanto preciso me calar
A tarde finda e com ela o Sol leva todos
as marcas do dia, marcas de um dia
que já passou
E a noite é tão renovadora como
o banho da água que corre, tão
sedutora como o vazio que se aproxima
Hoje a Lua não se mostrou, não vi seu
riso a me guiar em mais um passo
não vi seu desejo em me tirar de conclusões
precipitadas
Mas sempre tem outro dia
Agora é momento de renovação, do
sono, do sonho ...
E tenho mais chances
de ver as cordas
vibrarem
ao som da
noite solitária
...

sábado, 15 de outubro de 2011

:rabisco assim minha folha de papel:

Rastros apagados
Desejos satisfeitos
E vejo meu corpo sendo lançado por caminhos duvidosos

A mente insana provoca mil aterações em segundos
Segundos singulares!
Tempo suficiente para pensar em nada
E chegar à conclusão nehuma

Posso assim querer ser mais eu ?
Diante do fracasso que me encontro
ao não ver nada de mim em tudo meu ?

Ou seria eu exatamente nessa abstração temporal ?
Retratos mal pintados
Pactos com quadros
Juventude vivida - já queriam os Goliardos

E a mente roda
A escuridão diante do papel dá medo
E desilusão ao saber que não sou eu
mais escrevendo, mas algo que ainda não conheço

Não conheço
Sinceramente não me conheço
Não quero me conhecer

São só trechos, rabiscos, palavras mal usadas, mal ditas
Piceladas de idéias após ler o que não devia
Coisas, atos cortados, fotos queimadas
Lembranças esquecidas

Ou apenas escolho esquecer
Ou finjo esquecer - porque não ?


(Estou sentada à janela e tão metida nela que quase apanho na cabeça as gotas desta chuva constante que tamborila nas folhas - Virginia Woolf)


domingo, 9 de outubro de 2011

Coisas boas, sentimentos oportunos

Meus mundos paralelos

E vejo na Luz a sombra dos passo perdidos
Vejo assim mais de mim em lugares
que eu nunca estive
Percebo que o céu sorri em variáveis tons
E tudo o que imaginava pode ter
uma nova percepção
Vi que desejos bons podem ser realizados
E que minhas palavras tem poderes incalculáveis
Meus pensamentos são abstratos, são inexatos
são compostos
de tudo o que sou, de tudo o que vejo
e mais ainda de tudo o que não sei
São só devaneios
...
E pra mim só agora o mundo criou formas
Só agora enxergo com os olhos abertos
...
É que a serenidade sempre procede a tempestade
O mar sempre fica calmo após grandes ondas e marés brabas


("Os delírios verbais me terapeutam" - Manoel feito de Barros)




sexta-feira, 30 de setembro de 2011

finalizado

Hoje o mês de Setembro deu adeus
Mas também ele me deu vários sinais ...
É a prova da existência do delicioso destino, a brincadeira preferida dos deuses.

Hoje merece um ritual de finalização e agradecimento
Finalizar é sentir-se capaz e pronta para encarar o que vem depois, depois da tarefa cumprida, depois do aprendizado alcançado.

Setembro que me trouxe a primavera, a alegria em ver o poder do renascimento. Setembro que me trouxe o espelho para eu contemplar mais um pouco do que preciso eliminar. Setembro que me deu fogo e queimou tudo o que não podia ficar.
Aprendi, reconheci, fiquei em silêncio. Fiz minha prece. Agora tudo está lançado ao vento que leva as poeiras dos pensamentos terrenos para bem longe, lá no mar, onde tudo é extinguido. Finalizo meu mês agradecendo. Finalizo meu mês crescendo ...




"Dá-me a flauta e canta!"



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que pensei agora a pouco ...

Arriscar-se é uma das melhores maneiras de se conhecer.
O que encontrar após dizer o que pensa ?
O quanto pagar por ver de outra forma ?
O quanto ser você pode lhe dar de bom ?
...
O que me trouxe até aqui ?
Lágrimas?
Festas?
Ilusões, decepções ?
E o que fica mais contraditório é saber que tudo isso foram
marcas e aprendizagens que me concederam a chance de conhecer
esse ser tão diferente que eu chamo de "mim"

E apesar de tudo, do que vou me lembrar ?
E de tudo, o que vou esquecer ?
O que vou querer guardar em meu baú das boas histórias, e o que vou
deixar a poeira esconder ?
Vivo ainda remediando passos
E não me dei conta de que, quem está ao meu lado, na
verdade está do lado de lá, na outra margem, no outro
mundo, na outra visão
E de o quanto isso é importante e necessário

Foi amigo meu de quem eu fui amiga ?
Ou foram trocas de desejos com medo da solidão ?
Poderá o pássaro viver com o peixe ?
Poderão se entender um dia ?
Poderá a razão viver de mãos dadas com a emoção do dia-a-dia ?

Eu, poderei um dia tirar meus pés do chão ?

Conseguirei saborear o dom de viver quando minha razão estiver apaixonada pelo dia que se aproxima, pela primavera que está chegando, pela porta que nunca se fecha. Mais ainda, conseguirei saborear quando o olhar estiver me olhando, quando eu conseguir passar pelas diferenças e não julgar pelo que sinto e por minhas preferências - e entender que julgar, assim como minha opinião, está limpa de tudo o que acho certo e errado, acima do bem e do mal.

Mas são só opiniões, palavras de quem tentou, de quem viveu
De quem foi tantos "eus" que a vida deixou eu ser
De quem está terminando um ciclo, uma etapa
De quem aprendeu e de quem errou
Mas de quem mudou - e retornou a ser, para mudar novamente ...

De quem nunca vai esquecer "nadica" de nada

Silêncio - os pensamentos querem dizer algo


Mik  - em vãs tentativas de me entender, acabo sempre me perdendo ainda mais.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

amor, amor ...




Venha meu bem
E deixe minha noite muito mais bonita
Me aperte como se eu fosse fugir
Me diga pra ficar - e sempre fico
Abraça-me como se fosse despedida - e sempre é, despedida de mais um dia
E nossa cama refeita para ser desfeita ...

Me mostre como o amor ainda salva
Me ensine como a paixão é o único meio
pelo qual a humanidade tem
solução

Mas deixe-me ainda ser o que sou
Vamos agregar - não me limitar
Que o amor é coisa bonita demais
pra ser um carcereiro
...



E desde então, sou porque tu és. E desde então és, sou e somos...
E por amor serei, serás, seremos... (Pablo Neruda)

indagações noturnas

E ela pensava, indagava e refletia como o mundo não a entendia. Ela só deseja ser o que sempre fora até então: uma espécie ainda em extinção. Ela se acostumava com muito pouco, com uma conversa com o espelho, uma música inventada, uma história mal contada - percebia grandes coisas no pequeno detalhe - viu isso quando ficou horas observando o bater das asas de uma borboleta toda orgulhosa de sua cores invejáveis.
Ela no fundo queria voar, quam sabe não sairia daquele lugar?
E fazia asas imagináveis e corria... e caía. Sempre caía.
Ela queria o que ningúem entendia. Queria balões soltos, explodindo de alegria em variáveis tons e cores vibrantes em cordas ressoadas. Queria mais desejos, opiniões, cânticos, lírios e princialmente delíriros. Sentia imensa vontade de ver o dia e suas marteladas na janela, entre fatos sonoros desejava ouvir um sussuro, apenas um leve sussuro vindo do vento embebido de viagens. Queria que a lâmpada do amor nunca apagasse e sabia que sempre onde houve uma vontade, haveria um meio de cumpri-lo.
E a noite não passava, a chuva não vinha, e o sonho a abandonara...

"Porque esconder o dia antes que ele terminasse?"

sexta-feira, 9 de setembro de 2011



Venha chuva
E traga tudo aquilo que
me disseram que você traria...
Água límpida e fecunda e novas descobertas
Água que sacia minha sede
...
Sede que vem
da secura
dos dias impiedosos

...

domingo, 4 de setembro de 2011

¨ o desejo da borboleta ¨




O tempo não espera nossa transformação chegar ao final.
É como um jogo de horas que nunca as borboletas vencerão.
E as metamorfoses são incompletas, são ambulantes, deslizando na metáfora das
horas contadas durante o sono.
Viciada em observar sua tranformação, consegui me ver um pouquinho mais além,
e vi com o coração, muito bem ensinada por um príncípe de cabelos que me lembravam o trigo ...
Ver o que se passa lá dentro, daquele casulo injusto, que com seu espaço restrito
deixou-me repousar na insegurança do que me transformarei ... mas o que soul ?

Preciso acelerar meus passos, minhas asas ainda não prontas, minha cabeça
ainda pensando como lagarta - e que nunca se viu como tal.
As horas avançam, o tempo é remido e eu preciso voar
até o ponto mais alto e de lá encontrar as flores mais tristes.
Vim por elas. Vim pela solidão, que não aguentava ficar mais só.
Fiz companhia, já que era minha missão.
Fiz uma melodia - que a ciagarra me roubou.
E vi um tempo que não me pertencia.
Nada era meu - mas sempre soube da renovação humana, com borboletas.
Tudo era uma passagem, que durante suas 24hs fez sua completa incapacidade de entender
muitas coisas ... nada exato.
Mas sempre chega esse tempo que as asas apostam sua valentia diante do que não sabe, das direções
desconhecidas do vento a me empurrar ...
Sempre ao sabor do vento e sinto 'bons ventos para nós'...






domingo, 28 de agosto de 2011

.:cores temporais:.

Mais cores girando ...    
Dentro de mim.
Em palavras de um tempo que já foi.
Idéias alucinadas para conter meus risos.
Mais espaços nesse relógio que não dá trégua, em imagens recortadas em atos diversos, recortes meus espalhados por toda parte ...
Mais de mim em você, mais do que sinto, do que fui e do que serei ...
Quero mais nuvens tampando o Sol a queimar meus pensamentos e planos ...

Mas admito que o Universo hoje me parece bem mais interessante, vejo mais portas, mais chaves e
mais caminhos possíveis de encontrar o que nem sabia que faltava ...
Penas, doces, trapos, memórias e brinquedos jogados fora.
Somente eu e esses rabiscos ...
Nada mais.
                              


 "E ela só desejava renascer sempre" (Paulo Coelho)


sábado, 27 de agosto de 2011

:nosso jeito de não entender:

Qual a parte da tua estrada no meu caminho?
Será um desvio determinado lá em cima?
Ou apenas um atalho que meu coração encontrou?
Tudo passa ...
Tudo passou ...
E nós continuamos e
agora já nem quero saber mais nada ...

E tudo fica claro como o céu
Definitivamente decido não saber,
apenas que continuemos a caminhar, juntos,
e que fiquemos nessa vagão sem nome, mudo
e perfeito.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Amáveis conclusões incompletas ...


Amor é algo para raros, raros momentos. De cores inebriantes, de chaves que abrem todas as portas e mostram todos os segredos antes ocultos.
Os abraços nos tornando um, as palavras reveladas e compartilhadas formando uma única história. Lutamos pelo amor, o resto é o que o mundo coloca na cabeça da gente.
O amor é divinamente metamorfosiante, nos colocando sempre numa nova posição diante de um novo dilema.
Amar é dos deuses, literalmente veio lá de cima, como um afago que o Mundo Astral lançou à Terra. Um caminho, uma parte, uma imagem, um atalho, o meu próprio destino.
Amor meu que é egoísta, pois nasce de mim. Essa força impulsionadora, que consegue manter o mundo em eterno equilíbrio interno.
 Dias de amor, são dias de ditosas vivências, experiências embaladas ao som que vem do vento a nos ensinar um pouco mais sobre "deixar ser guiado pelo instinto". 
Amor é a lei básica da vida, na grande corrente de todas as vidas unidas em torno da natureza, do som, da luz e do movimento.
Eu amo porque minha existência é uma ínfima parte do Todo e o amor é a única manifestação e a única prova de que sou viva, e de posso sim combater tudo o que é efêmero, tudo o que passará, tudo o que passou.
Um desejo do sono compartilhado, de passos divididos.
Meu amor começou por uma metáfora, uma simples metáfora, uma desconhecida sensação angustiante do sentimento que movia meu olhar, minhas lágrimas e minha vontade que perpassa os corpos, que passa por entre os séculos, por entre as árvores, flores e cheiros dos sabores
e saberes que nem conhecia.
Hoje eu tenho o tímido sorriso da cumplicidade secreta, pois ele vê o que tem além, além da alma,
além que do que eu disse ...
o sorriso dele é minha loucura diária, meu êxtase essencial,
minha volúpia.
E posso sentir o silêncio dizendo todas as palavras ...

"O amor possui seus próprios modos. Mas os modos não importam, o essencial é amar"
[machado de assis]

domingo, 21 de agosto de 2011

sou escrava do medo

O medo da solidão é tanto
Que cala minha boca.
Desvia minha atençao antes levada
sem preconceitos.
Agora já não posso mais.
Fico muda, quieta.
Finjo que tudo não passa de um devaneio,
e passo a acreditar que "tudo vai passar" ...
Mentira.
Não vai passar - e mais uma vez me sinto enganda,
por mim mesma, no meu eterno medo da solidão.
O que o medo de tomar uma atitude compatível comigo
não faz de mim!? Não fez de mim!?
Fico paralisada com a vontade de não ter sabido, visto
ou apenas imaginado.
Um pouco pela minha loucura de ver onde
nada aparece, outras pela vontade de gritar ao
ponto de deixar todos pequenos.
Raiva.
De mim claro.
Mais um passo no desconhecido ...
Na revelação do que sou e assim me conheço um pouco mais
No que acredito, no que quero ...
Grito, berro e sozinha no quarto já consigo escutar os versos
cantados sobre uma "louca que acreditava ainda no humano..."
Ver o que os olhos estão me dizendo. O sexto sentido
há por toda parte e eu já sabia, sempre sabia.
Só faltava o grito,
As paredes se romperem
E eu ter coragem!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sometimes I need ...


To think about me
About my feeling
and to see more ways
And it's so necessary
so important to me.
I can say
"i saw my answer..."
In this night I can't see
the moon
But I know
She looks me. She is a girl,
a alone girl
and she just find
herself
...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

¨perplexidades fáceis de se compreender ¨

Ainda indecifrada ...
Gosto de me dar ao luxo de não me entender muito bem. Mas sei algumas coisas. Na verdade me conheço muito ao ponto de escrever que sou uma eterna contradição, que luto com minhas manias estampadas na cara, quando vejo minhas raiva estrapolar os limites da boa educação e da imagem que esforçei por construir em alguns anos.
Essa imagem já não existe. E quase ninguém mais acredita nela ...
Mas eu acredito que ainda há coisas do passado e meia hora eles sempre voltam, me pegam num passo falso diante da minha falta de coragem.
E nesse meio tempo, posso já escrever que gosto de boa música, que queria voltar nos anos 70 e lutar pelos meus ideais. Quais eram eles mesmo? (acho que é o passado voltando...)
Mas sou otimista. Sei que sou. E gosto de me ver num esforço pela simpatia agradável aos outros e que agrade a mim mesma. Por isso as vezes fingo. Não dá pra viver sempre 100% ariana né?
Ou dá?
Dava, mas quando perdi partes (ou pessoas) importantes na minha história, ficou claro que agi em demasiada loucura. Agora com minhas máscaras, ninguém mais percebe ...
Amo ler, gosto de ver o som que sai das páginas que se batem, ou quando eu mudo de capítulo. No fundo também acho que sou uma boa cética, pois acredito mesmo nas coisa que vejo. Mas como negar o que meus pensamentos criam, vêem, escondem ou mentem?
Há mais. Sei que há e também sei que quanto mais entender o que há lá fora mais entenderei o que há aqui dentro, por isso fico 24h (tirando os minutos gastos na net) na eterna tentativa de desvendar, ler nas faces, fazer verdade indissolúveis e estipular a categoria de cada um.
Por isso gosto das pessoas, de todas elas, afinal sou uma consequência das palavras trocadas, dos gestos grotescos, das diferenças filosóficas. Na maioria das vezes não espero muita coisa. "Os humanos me assombram..." e pensar que também posso ser um fantasma de decepção não é muito agradável.

Já tentei procurar outro caminho, afinal foram anos de ouvidos cheios de palestras onde eu pensava que o fim estava próximo. E realmente estava, o fim do que eu acreditava e o primeiro passo para que eu pudesse ver que nenhum "sentido" meu funcionava direito. (é ambíguo ... e assim é para ficar)
Gosto de ver, gosto de ter a sensação de vê-los (os olhos) funcionando direito e percebendo os detalhes escondios nos sorrisos, num outro olhar ou na palavra amarga que chega até mim doce como o orvalho ...
Para negar um pouco do meu ceticismo, sou espiritual (ambíguo novamente).
É sério. Acredito também que quanto mais entendo o que ocorre aqui dentro, mais fico ligada e plugada no que acontece aqui fora .... hoje sou espirita que gosta de Nietzsche e que espera ansiosamente por 2012, que se cala para melhorar e que deseja ser apenas eu ... (eu falei que gostava de contradição)
Faço caminhada, gosto de comida japonesa e vou ainda fazer o Caminho (sim, em Santiago de Compostela), prestigio o bom senso, estimulo minha criatividade em ver arte e beleza, mas também falo o que não precisa ser recitado, lembrado e então mudo de língua, de vento, de direção.
Por falar em língua, taí algo que aprecio, o mundo tornando-se mais próximo...

Ter aquelas velhas opiniões formada sobre tudo?
Prefiro a metamorfose de cada dia, a alegria em ver minhas asas alçando vôo, minha poesia surrealista com cheiro de mudança, do que mudou e do amanhã tão incerto.
E tudo não passa mesmo é de um caos poético, de uma cópia do segundo que se passou, do segredo guardado, do cheiro não sentido e da minha vez desperdiçada.
Sempre há mais para escrever e outras coisas que ficaram para trás.
Esqueço, ou apenas decido não mais lembrar o que agora não machuca tanto ...
E nas várias mudança de caminhos, de setas desviadas ou colocadas do jeito que eu queria, percebo que eu só faço sentido quando meus pensamentos ficam vastos numa cor de imensidão num tempo antigo em palavras que nada me definem ... ainda.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Inexatidão

A cabeça gira em círculos viciantes e nada encontro que possa aquecer meus sentidos congelados pelo tempo.
O calor evaporou e nada ficou mais claro, clarividente ou apenas claramente. Sinto que tudo não passa de devaneios mal interpretados e essas confusões são ao mesmo tempo irreais e causadoras das mais terríveis realidades ... mas calma. Sempre vem a hora do dia em que sua mente fica em consciência plena da escuridão de idéias em que se encontrava.
Tudo vira, tudo sai do lugar, nada é exato, tudo é relativo à medida que vou imaginando ...

A chuva vem para aumentar essa sensação de desigualdade entre meu corpo e minha mente, entre a carne e o espírito. E meus pensamentos entram em um compasso que não tem ritmo, forma ou mesmo uma linha reta onde eu possa caminhar. Não gosto das linhas retas. São simples demais para uma pessoa insana em palavras e em emoções inexplicáveis. Gosto das curvas mais agudas e das pedras no caminho. Sempre há pedras no caminho ...

E os devaneios permanecem, pois sempre percebo que são eles os principais meios pelos quais me liberto de mim mesma ...


terça-feira, 2 de agosto de 2011

O que desejo :


E você, o que está lançando ao mundo neste momento ?

Amores doces
Palavras com a
alegria de vida cor de rosa
Como perfume
de hortelã

Desejo que as
nuvens me acompanhe
com desenhos
desenhados pelo
destino
Que meus olhos
brilhem ao ver
um amigo distante
...
Um amigo que voltou

Que as voltas
Fiquem em círculos
para todos os
reencontros
E encontros
brilhantes
na noite com a Lua
a nos abençoar

Quero Luz
Quero o Som que vem
daqui de dentro
embalando
tudo o que
eu
penso
Quero a magia da palavra
conjugada com energia
elaborada pelos
dias
de todas as horas
não contadas
pelo relógio

Desejo um tempo
que dure o necessário
que seja inesquecível
que permanceça
que fique comigo, que
me mostre
ali na frente
e tire toda precoupação

Um amor como a caneta
diante do papel
ainda em branco
Uma lembrança
enquanto
o sorvete é saboreado

Tudo é eterno
São lembranças
de tudo
o que vivemos
Das coisas que
 fazemos
Dos seres que encontramos
Dos
segredos desvendados
Do ar cantado
para ressoar
em meu ouvido
os contos mais bonitos
...


"E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão" [Fernando Pessoa]




sábado, 30 de julho de 2011

*caminho guardado só pra mim*

Meu caminho já estava traçado
Os planos já feitos
E os pensamentos solidificados em cimentos que eu mesma tinha preparado ...
Ao longo de todos esse tempo chamado de "adolescência",
onde eu viva toda a intensidade do "agora", onde eu esperava o fim a todo momento
e onde as coisas eram para mim, como inimigos que precisavam ser vencidos
Revoltada. Impaciente. Irritante. Chata .... sonhadora!
Só queria mudar. Mudar-me para talvez para Wonderland e esperar uma poção,
que me diminuisse quando eu quisesse sumir e me fizesse a maior pessoa também

Eram tantas perguntas ...

Tudo pronto e era hora de começar ...
Fazer das minhas aventuras um destino onde eu segurava todas as rédeas
O curso escolhido, o namorado imaginado, a viagem para longe de mim ...
Ao encontro de mim

E acabei encontrando ...
O oposto de tudo acima citado
Encontrei as perguntas, as chaves de tudo o que sou agora
Acordei e vi que nem sabia ao menos quem eu era
E me dei conta de que quanto mais pensava, menos sabia
"Desperta ó tu que dormes ...". E novas cores foram surgindo ...
Um mundo de novas possibilidades
Uma conversa reveladora, um curso metamorfosiante
Os livros lidos escondidos e as rezas durante meus sonos sem sonhos
As tristezas encaradas de outra maneira
A fé sendo renovada e o coração encontrando a paz
Eu encontrando eu mesma, o que sou agora

Tudo é diferente
O destino brincou comigo e nessa brincadeira posso
dizer que sou o resultado desse emaranhado de coisas
objetos, pessoas, livros, perguntas, músicas e mensagens intraduzíveis ...
Engraçada é a vida ... e os caminhos que ninguém tinha feito, pois o caminho é meu!
E somente eu poderia fazer exatamente como foi feito

"Se eu pudesse voltar, faria tudo extamente igual..."
E nessa metamorfose a única coisa que posso dizer
É: Obrigada!
Obrigada!
Obrigada!

Sim. Tudo é diferente
Hoje tudo é melhor!
Meus olhos estão limpos, meu coração calmo
E vejo 'mãos invisíveis' cuidando ...
Vejo estrelas caindo perto de mim

E um futuro que se abre como a rosa na primavera ...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

...

Cadê meu equilibrio quando mais preciso dele ?
Onde foi parar minha compreensão quando mais necessito dela ?
E tudo passa a ter uma outra face. Uma face de realidade, de acordos não assumidos, de tratos que não queria fazer.
Quando consiguirei ter fé ?
Ela anda tão fraca ultimamente, tão desprovida de alegria e positividade ....
Nao queria escrever tais palavras, mas até em momentos desconfotáveis, é necessário escrever. Escrevo pois sei que me sentirei melhor ... mais vazia de mim, do que sinto.
E o futuro ... me abrindo com duros tapas de quem acordou mas continuou sonhando ...
Sonhando com dias melhores, esperando o "certo" chegar, a calmaria que eu buscava.
E tudo fica cinza, escuro, sem cores que tanto gostava. Sem nem ao menos a palavras que gostava de escutar quando achava que não iria conseguir ... apenas eu, comigo mesma, desfrutando do sofrimento que é só meu e de mais ninguém.
"E a tristeza invadiu, conseguiu me vencer, mas sei que são só por poucos minutos, pequenos talvez."


E continuarei acreditando na mudança que o amanhã irá me oferecer ...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

: vejo e escrevo :

Ipê - foto tirando por mim lá no Parque das Nações- 2011

São os detalhes que importam mais
Um passeio solitário
Um sorriso retribuido
Um encontro com um Ipê que
ao surgir no Inverno
com toda a sua singularidade
É isso que quero observar
Chega de maldade
Chega de ver o que a rotina humana
sempre me mostra
Agora vejo o que está escondido
A árvore que surge com
sua flores e ninguém mais vê
Um minuto com o amor
Um minuto de conversa com o
disco voador
Quero sorrir equanto dirigo meu carro
Saborear a letra de uma música
que nem se canta mais
Sentir o vento balançar meus
pensamentos
Acordar e sempre sorrir a mais um novo dia
mesmo que no Inverno
Mesmo que o frio congele o meu corpo
Pocurarei sempre me aquecer
nas palavras amigas que encontro na leitura
Ou num jantar rodeada de amigos
E até mesmo na solidão de
um domingo triste
Saberei, assim, ver todos os detalhes
Pois são eles que me atraim
Que me dizem algo
Que deixa o dia único e
sempre valendo muito
...