E quanto mais ela caminhava, menos se importava com o caminho. Continuar era importante. Sonhar era fundamental. Acreditar na eterna mudança de si continuava sendo o guia que a levava por sendas desconhecidas. As teorias a hipnotizavam e a realidade a torturava. O pensamento saudava o Sol, a mão tremia por tocar o sagrado. Mudança inevitável, espírito livre, evolução irrefutável. Percebeu mais felicidade em ter indiferença, em saber que o amor ainda era impossível no agora, em não mais ouvir, não mais falar. Apenas observar. Ser observada.
Chuva é água já benzida.
Sol é deus que sorri durante o dia.
Lua é mãe que me equilibra.
Poesia é palavra realista, escrita durante os sonhos.
O pessimismo é humano e o humano será divino.