domingo, 28 de agosto de 2011

.:cores temporais:.

Mais cores girando ...    
Dentro de mim.
Em palavras de um tempo que já foi.
Idéias alucinadas para conter meus risos.
Mais espaços nesse relógio que não dá trégua, em imagens recortadas em atos diversos, recortes meus espalhados por toda parte ...
Mais de mim em você, mais do que sinto, do que fui e do que serei ...
Quero mais nuvens tampando o Sol a queimar meus pensamentos e planos ...

Mas admito que o Universo hoje me parece bem mais interessante, vejo mais portas, mais chaves e
mais caminhos possíveis de encontrar o que nem sabia que faltava ...
Penas, doces, trapos, memórias e brinquedos jogados fora.
Somente eu e esses rabiscos ...
Nada mais.
                              


 "E ela só desejava renascer sempre" (Paulo Coelho)


sábado, 27 de agosto de 2011

:nosso jeito de não entender:

Qual a parte da tua estrada no meu caminho?
Será um desvio determinado lá em cima?
Ou apenas um atalho que meu coração encontrou?
Tudo passa ...
Tudo passou ...
E nós continuamos e
agora já nem quero saber mais nada ...

E tudo fica claro como o céu
Definitivamente decido não saber,
apenas que continuemos a caminhar, juntos,
e que fiquemos nessa vagão sem nome, mudo
e perfeito.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Amáveis conclusões incompletas ...


Amor é algo para raros, raros momentos. De cores inebriantes, de chaves que abrem todas as portas e mostram todos os segredos antes ocultos.
Os abraços nos tornando um, as palavras reveladas e compartilhadas formando uma única história. Lutamos pelo amor, o resto é o que o mundo coloca na cabeça da gente.
O amor é divinamente metamorfosiante, nos colocando sempre numa nova posição diante de um novo dilema.
Amar é dos deuses, literalmente veio lá de cima, como um afago que o Mundo Astral lançou à Terra. Um caminho, uma parte, uma imagem, um atalho, o meu próprio destino.
Amor meu que é egoísta, pois nasce de mim. Essa força impulsionadora, que consegue manter o mundo em eterno equilíbrio interno.
 Dias de amor, são dias de ditosas vivências, experiências embaladas ao som que vem do vento a nos ensinar um pouco mais sobre "deixar ser guiado pelo instinto". 
Amor é a lei básica da vida, na grande corrente de todas as vidas unidas em torno da natureza, do som, da luz e do movimento.
Eu amo porque minha existência é uma ínfima parte do Todo e o amor é a única manifestação e a única prova de que sou viva, e de posso sim combater tudo o que é efêmero, tudo o que passará, tudo o que passou.
Um desejo do sono compartilhado, de passos divididos.
Meu amor começou por uma metáfora, uma simples metáfora, uma desconhecida sensação angustiante do sentimento que movia meu olhar, minhas lágrimas e minha vontade que perpassa os corpos, que passa por entre os séculos, por entre as árvores, flores e cheiros dos sabores
e saberes que nem conhecia.
Hoje eu tenho o tímido sorriso da cumplicidade secreta, pois ele vê o que tem além, além da alma,
além que do que eu disse ...
o sorriso dele é minha loucura diária, meu êxtase essencial,
minha volúpia.
E posso sentir o silêncio dizendo todas as palavras ...

"O amor possui seus próprios modos. Mas os modos não importam, o essencial é amar"
[machado de assis]

domingo, 21 de agosto de 2011

sou escrava do medo

O medo da solidão é tanto
Que cala minha boca.
Desvia minha atençao antes levada
sem preconceitos.
Agora já não posso mais.
Fico muda, quieta.
Finjo que tudo não passa de um devaneio,
e passo a acreditar que "tudo vai passar" ...
Mentira.
Não vai passar - e mais uma vez me sinto enganda,
por mim mesma, no meu eterno medo da solidão.
O que o medo de tomar uma atitude compatível comigo
não faz de mim!? Não fez de mim!?
Fico paralisada com a vontade de não ter sabido, visto
ou apenas imaginado.
Um pouco pela minha loucura de ver onde
nada aparece, outras pela vontade de gritar ao
ponto de deixar todos pequenos.
Raiva.
De mim claro.
Mais um passo no desconhecido ...
Na revelação do que sou e assim me conheço um pouco mais
No que acredito, no que quero ...
Grito, berro e sozinha no quarto já consigo escutar os versos
cantados sobre uma "louca que acreditava ainda no humano..."
Ver o que os olhos estão me dizendo. O sexto sentido
há por toda parte e eu já sabia, sempre sabia.
Só faltava o grito,
As paredes se romperem
E eu ter coragem!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sometimes I need ...


To think about me
About my feeling
and to see more ways
And it's so necessary
so important to me.
I can say
"i saw my answer..."
In this night I can't see
the moon
But I know
She looks me. She is a girl,
a alone girl
and she just find
herself
...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

¨perplexidades fáceis de se compreender ¨

Ainda indecifrada ...
Gosto de me dar ao luxo de não me entender muito bem. Mas sei algumas coisas. Na verdade me conheço muito ao ponto de escrever que sou uma eterna contradição, que luto com minhas manias estampadas na cara, quando vejo minhas raiva estrapolar os limites da boa educação e da imagem que esforçei por construir em alguns anos.
Essa imagem já não existe. E quase ninguém mais acredita nela ...
Mas eu acredito que ainda há coisas do passado e meia hora eles sempre voltam, me pegam num passo falso diante da minha falta de coragem.
E nesse meio tempo, posso já escrever que gosto de boa música, que queria voltar nos anos 70 e lutar pelos meus ideais. Quais eram eles mesmo? (acho que é o passado voltando...)
Mas sou otimista. Sei que sou. E gosto de me ver num esforço pela simpatia agradável aos outros e que agrade a mim mesma. Por isso as vezes fingo. Não dá pra viver sempre 100% ariana né?
Ou dá?
Dava, mas quando perdi partes (ou pessoas) importantes na minha história, ficou claro que agi em demasiada loucura. Agora com minhas máscaras, ninguém mais percebe ...
Amo ler, gosto de ver o som que sai das páginas que se batem, ou quando eu mudo de capítulo. No fundo também acho que sou uma boa cética, pois acredito mesmo nas coisa que vejo. Mas como negar o que meus pensamentos criam, vêem, escondem ou mentem?
Há mais. Sei que há e também sei que quanto mais entender o que há lá fora mais entenderei o que há aqui dentro, por isso fico 24h (tirando os minutos gastos na net) na eterna tentativa de desvendar, ler nas faces, fazer verdade indissolúveis e estipular a categoria de cada um.
Por isso gosto das pessoas, de todas elas, afinal sou uma consequência das palavras trocadas, dos gestos grotescos, das diferenças filosóficas. Na maioria das vezes não espero muita coisa. "Os humanos me assombram..." e pensar que também posso ser um fantasma de decepção não é muito agradável.

Já tentei procurar outro caminho, afinal foram anos de ouvidos cheios de palestras onde eu pensava que o fim estava próximo. E realmente estava, o fim do que eu acreditava e o primeiro passo para que eu pudesse ver que nenhum "sentido" meu funcionava direito. (é ambíguo ... e assim é para ficar)
Gosto de ver, gosto de ter a sensação de vê-los (os olhos) funcionando direito e percebendo os detalhes escondios nos sorrisos, num outro olhar ou na palavra amarga que chega até mim doce como o orvalho ...
Para negar um pouco do meu ceticismo, sou espiritual (ambíguo novamente).
É sério. Acredito também que quanto mais entendo o que ocorre aqui dentro, mais fico ligada e plugada no que acontece aqui fora .... hoje sou espirita que gosta de Nietzsche e que espera ansiosamente por 2012, que se cala para melhorar e que deseja ser apenas eu ... (eu falei que gostava de contradição)
Faço caminhada, gosto de comida japonesa e vou ainda fazer o Caminho (sim, em Santiago de Compostela), prestigio o bom senso, estimulo minha criatividade em ver arte e beleza, mas também falo o que não precisa ser recitado, lembrado e então mudo de língua, de vento, de direção.
Por falar em língua, taí algo que aprecio, o mundo tornando-se mais próximo...

Ter aquelas velhas opiniões formada sobre tudo?
Prefiro a metamorfose de cada dia, a alegria em ver minhas asas alçando vôo, minha poesia surrealista com cheiro de mudança, do que mudou e do amanhã tão incerto.
E tudo não passa mesmo é de um caos poético, de uma cópia do segundo que se passou, do segredo guardado, do cheiro não sentido e da minha vez desperdiçada.
Sempre há mais para escrever e outras coisas que ficaram para trás.
Esqueço, ou apenas decido não mais lembrar o que agora não machuca tanto ...
E nas várias mudança de caminhos, de setas desviadas ou colocadas do jeito que eu queria, percebo que eu só faço sentido quando meus pensamentos ficam vastos numa cor de imensidão num tempo antigo em palavras que nada me definem ... ainda.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Inexatidão

A cabeça gira em círculos viciantes e nada encontro que possa aquecer meus sentidos congelados pelo tempo.
O calor evaporou e nada ficou mais claro, clarividente ou apenas claramente. Sinto que tudo não passa de devaneios mal interpretados e essas confusões são ao mesmo tempo irreais e causadoras das mais terríveis realidades ... mas calma. Sempre vem a hora do dia em que sua mente fica em consciência plena da escuridão de idéias em que se encontrava.
Tudo vira, tudo sai do lugar, nada é exato, tudo é relativo à medida que vou imaginando ...

A chuva vem para aumentar essa sensação de desigualdade entre meu corpo e minha mente, entre a carne e o espírito. E meus pensamentos entram em um compasso que não tem ritmo, forma ou mesmo uma linha reta onde eu possa caminhar. Não gosto das linhas retas. São simples demais para uma pessoa insana em palavras e em emoções inexplicáveis. Gosto das curvas mais agudas e das pedras no caminho. Sempre há pedras no caminho ...

E os devaneios permanecem, pois sempre percebo que são eles os principais meios pelos quais me liberto de mim mesma ...


terça-feira, 2 de agosto de 2011

O que desejo :


E você, o que está lançando ao mundo neste momento ?

Amores doces
Palavras com a
alegria de vida cor de rosa
Como perfume
de hortelã

Desejo que as
nuvens me acompanhe
com desenhos
desenhados pelo
destino
Que meus olhos
brilhem ao ver
um amigo distante
...
Um amigo que voltou

Que as voltas
Fiquem em círculos
para todos os
reencontros
E encontros
brilhantes
na noite com a Lua
a nos abençoar

Quero Luz
Quero o Som que vem
daqui de dentro
embalando
tudo o que
eu
penso
Quero a magia da palavra
conjugada com energia
elaborada pelos
dias
de todas as horas
não contadas
pelo relógio

Desejo um tempo
que dure o necessário
que seja inesquecível
que permanceça
que fique comigo, que
me mostre
ali na frente
e tire toda precoupação

Um amor como a caneta
diante do papel
ainda em branco
Uma lembrança
enquanto
o sorvete é saboreado

Tudo é eterno
São lembranças
de tudo
o que vivemos
Das coisas que
 fazemos
Dos seres que encontramos
Dos
segredos desvendados
Do ar cantado
para ressoar
em meu ouvido
os contos mais bonitos
...


"E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão" [Fernando Pessoa]