domingo, 25 de dezembro de 2011

o que sempre sinto nesse dia


Não é ser piegas, mas nesse dia sempre ficamos mais introspectivos.
Lembrar de mais um ano que está passando e também lembrar da nossa religião, muitas vezes abandonada ou jogada de lado diante de tantos afazeres terrenos. Nesse dia, por um minuto que seja, todos nós desejamos ser melhores, sermos mais compreensivos, mais humanos. Dia que nossa generosidade está ampliada. Parece até que tudo o que fizermos hoje será colocado em questão, diante de um julgamento divino. Hoje queremos ser o que nossa essência pede.
Os abraços são verdadeiros, o pensamento é de alegria e de felicitar os desconhecidos.
Pelo menos a maioria pensa assim, e isso é bom. Mas bom seria se essa maioria pensasse assim todos os dias...
Quem sabe os mais céticos não reconheceriam que não se trata apenas de um dia estabelecido pelo sistema, mas de dias que nossa espiritualidade dominará, nos guiará e sempre será natal? poi o Natal Verdadeiro é aquele dia onde o Cristo Íntimo, em cada um, nasce e pode assim, crescer em nós!


Hoje estou nostálgica, mas estou também esperançosa...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

o que mais preciso jogar fora?

O quarto arrumado.
Tudo em ordem.
E tudo o que não servia, já foi ensacado e colocado lá na rua.
Mais um ano que me pede essa atitude, de abrir mão do apego à uma folha de papel, à propaganda daquela festa que nunca mais vai acontecer ou dos folhetos teatrais que não perdia um dia ...
Mas o que fazer quando é hora de jogar o que fica aqui dentro?
Ou tentarei fingir que um quarto vazio satisfará meu pensamento?

Como lançar para longe o que não mais se quer pensar?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

a pausa necessária

Quando as asas ficam cansadas é hora de uma pausa. Um suspiro longo que dure o tempo necessário para nossa recuperação...
Hora de colocar nada na mente e aproveitar a solidão para se ver diante do espelho que ninguém quer encarar. No começo sempre achamos que não é importante e que ainda teremos força para encarar qualquer obstáculo, qualquer palavra que fere.
Mas quando nos entregamos à dor, ao choro contido, à perda que ensina, tudo isso é como o bálsamo, limpando as feridas e nos aprimorando para melhores voos. E sempre há voos melhores, mais altos ...

domingo, 11 de dezembro de 2011

e o que ver então ?

Talvez veja miséria - aquela que anda há em mim.
Talvez eu pense que foi um erro ter ido e me convença que minha futilidade é mais importante.
Talvez eu queira morar lá, e não viver mais nessas quadrados cheios de rótulos.

Talvez eu perca boas placas de cimento que ainda residem  -  e isso será bom.

Quem sabe não vejo o que de fato eu fui procurar?
E ver tantas coisas e tantas escolhas...

Talvez eu consiga ver e ouvir os passos dos ancestrais, e perceba que nada escapa da nossa mãe Pachamama.

Talvez eu faça uma oferenda, participe de meu próprio ritual, queime meus egos, e volte um pouco mas leve - não leviana, mais leve!

Talvez eu descubra boa parte do sou agora, e do que fui.

E que ao ver suas diferenças eu possa descobrir que o importante mesmo é continuar a mudar ...



:nem vejo mais as horas:

A muita liberdade pode provocar certa angústia.
Ficar longe do tempo, do compasso das horas e do ritmo enquadrado, pode provocar certas convulsões na mente de quem não sabe ainda como lidar com tal liberdade provocante ...

Mas sempre aprende, taí algo que ninguém vai deixar de aprender - ser livre.

E aprender com um sorriso estranho no rosto, um sorriso quase impossível de ser escondido, camuflado. Sorriso de quem passou muito tempo no casulo, que teve sua fase, seu período.

Mas agora é hora de voar ... e se for em boa companhia bem melhor será ...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mais fácil de entender ...


A maluquice em ver tudo ao avesso
Me confunde como borboleta que não sabe seu rumo
Que voa, bate suas asas e qualquer lugar lhe serve
Talvez eu seja ainda assim, leviana
e não me enxaixar muito bem
parece um ofício, quase uma missão
Mas gostando do avesso, como sempre gostei
Fica bem mais fácil não saber o destino
O que importa aqui é só bater minhas asas ...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

uma lei de não-ser




E nada é tão cruel como a nossa capacidade de ver as coisas só do nosso jeito
Bem ao nosso jeito, ali da nossa cadeira, e do nosso conforto egoísta
Sentados aqui, parados, atrofiados no que pensamos, somos os donos do mundo
...
E há tantos donos, tantos juízes, para tantos pouco crimes
Pois o crime aqui é pensar, o crime é falar
o crime é ser ...


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

não encaixa mais:


Talvez é necessário começar tudo novamente
Algumas peças no lixo
Outras guardadas para mais tarde
E essa brincadeira de construir e desconstruir
Talvez possa me ajudar a entender um
pouco mais de mim ...

continuando no caminho ...

E o que conheço se torna tão pequeno diante desse mundo de possibilidades, que vejo o invisível se mostrar, o futuro me guiar, o amor me acompanhar. Na medida que sigo, compreendo a vida, na medida que as horas passam, o amor se infiltra mais, me conduz e nada mais importa. O que vale agora é minha evolução e o amor que muda e transforma todos nós ...