Você perdeu o momento de nós dois
Não viu minha distância aumentar ?
Não reparaste no meu silêncio no meio da multidão ?
Em que lugar seus olhos estavam, que não me viram indo embora ?
É como deixar o bolo passar do ponto no forno ...
Já não tem mais o gosto saboroso da espera ...
O amargo da rotina, que nem mesmo existia ...
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Não se pode
Não se pode ter o mesmo som de outrora
Não se pode ter o calor que foi repartido, o abraço que foi dado
Não se sonha novamente; um sonho sonhado é mais um passo alcançado
Não se sabe do porvir e do passado não se sabe as antigas respostas
Nada se sabe e disso saberemos
A certeza é ilusão perdida, amor de um ego que tem medo
Não se tem dados sobre a mesa e a vida não é um jogo determinado
Não se pode ter controle e a loucura do não saber vence mais uma vez
Não se pode ter esperança, pois o que foge do agora permanece incrivelmente impossível
Nada se tem e não se pode ter mais do que isso ...
Um pouco do vazio quando não se tem nada nas mãos
Não se pode ter o calor que foi repartido, o abraço que foi dado
Não se sonha novamente; um sonho sonhado é mais um passo alcançado
Não se sabe do porvir e do passado não se sabe as antigas respostas
Nada se sabe e disso saberemos
A certeza é ilusão perdida, amor de um ego que tem medo
Não se tem dados sobre a mesa e a vida não é um jogo determinado
Não se pode ter controle e a loucura do não saber vence mais uma vez
Não se pode ter esperança, pois o que foge do agora permanece incrivelmente impossível
Nada se tem e não se pode ter mais do que isso ...
Um pouco do vazio quando não se tem nada nas mãos
terça-feira, 30 de julho de 2013
domingo, 21 de julho de 2013
Memória
A imensidão interna abre meus olhos para o que se encontra afastado
Minha percepção se ajusta nesse diálogo com a natureza sempre mãe
É belo respirar o bom ar
É bom lembrar daquela sensação
Salta-se no caminho
Sempre na vertical ...
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Recordação
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Um sopro apenas
Eu quero aquele fogo que queima internamente
Aquele brilho que falta no coração arrependido
A força de manter-se em pé em dia de tempestade
O frio intenso provoca dores e lamentos
Tremer até não sentir a carne
Lamentar até perder-se da memória
O esquecimento faz-se necessário para quem não quer pensar
Pensar é complicado para quem não quer falar
Falar é perigoso quando se solta muito as palavras
Os lábios escondem o que o silêncio mostra
É difícil entender, mais ainda compreender
Eu quero a liberdade que o vento me mostra
Eu quero um lampejo de liberdade
Uma faísca de liberdade
Um suspiro que seja
Um sopro, apenas.
sábado, 15 de junho de 2013
O que preciso aprender
Sou uma parte dos elementos
De coisas que nem entendo
Misturas secas, folhas perdidas
Na imensa plantação que é a vida
Produzo o doce dom do querer
Com minha veia aberta para o bom crescer ...
sábado, 25 de maio de 2013
Das cinzas do que sou
Naquele dia em que vi a cinza, observei meus pedaços pelo chão.
No lugar da bruma, a fumaça.
No lugar do vento, o vazio. Sem placas indicando o caminho.
Sem aquela voz que o vento sempre me trouxe.
Vejo com cuidado o que sobrou.
No altar, o sacrifício.
O compromisso diante da imensidão.
O infinito que perdura.
Aquilo que me conquista é aquilo que eu nem sabia
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Deixo meu dia sem cores de alegria
Por momentos inversos, o tempo se fecha um pouco
O cinza esconde a luz natural, o dia que já se foi
As horas confusas não marcam mais o presente
Há um direito humano diante do tempo que muda
Assim como o céu sempre tem cores singulares
Nós, pequenos seres angustiados, podemos também perder o sentido das coisas
Nada sei sobre sentido
Nada sei sobre o silêncio
As palavras pulam feito pipoca com medo do fogo
O coração dita regras sem juízo
O olhar não brilha mais com compreensão
Mas sabendo que o tempo muda
Deixo ser embalada por ele
Deixo as cores voltarem um outro dia
Hoje, permito nenhuma luz entrar
Nenhuma sabedoria me convencer
Por enquanto decido o sol não ver
"Porque há o direito ao grito. Então eu grito." (Clarice Lispector)
terça-feira, 26 de março de 2013
Outono jovial
Deixo os dias cinzentos para o outono
Quero que o mundo tenha as cores do encantamento
Que aquela linha de alegria azul circunde as esferas
Neblina que voa
É sensação de garoa, já perdida
Já rendida
Nas redes dos laços pintados
Nos abraços desconcertados
Nos beijos traçados
Apertados
Até sufocar
Até chorar de pura alegria
Aquela alegria ...
Contida no potinho esquecido
Debaixo da nossa cama
Que ainda nem temos
quinta-feira, 21 de março de 2013
Sem novidade lunar
Procuro pelas horas que já se foram
Percebo a noite que chega sem novidade lunar
A sombra já não altera os sentidos
A visão um pouco turva consegue ver um pouco além da superficialidade
As cores são de tons escuros
A arte já não é o bastante
O brilho não provoca mais contemplação
Não é tristeza
Não é saudade
É reflexão dos pensamentos que estão no limite do próprio pensar
É deixar tudo no lugar
Sem mais interferir
O silêncio reina
A solidão ensina
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
A solidão que fortalece
Preciso de um tempo a sós
Preciso que a água me esconda, pois sob a pronfundeza do silêncio posso melhor recompor meus sentidos
O sol desses dias me provocou, mostrou-me seu poder, sua fúria diante de minhas ásperas palavras ...
Há uma sentença para minha pessoa, para meu orgulho ferido
Preciso do silêncio das sereias
Um silêncio que esconda o grito, o silêncio do sorriso que camufla a indignação
Preciso de mais tempo na minha cama, abraçada ao travesseiro da minha preguiça lenta ...
Levanto minha bandeira - quem mais estará ao meu lado ?
O canto perdeu sua graça divina
O encanto feriu-me com cordas duras do laço da incompreensão
O sono torna-se melhor, um caminho de descanso dentro da calma em ficar no nada
A mente, confusa, perdeu-se da sensatez que nunca esteve presente de fato.
Durmo até que se mova a terra das flores distantes e toque minha face
Durmo para embalar-me na santa tranquilidade dos dias perdidos
Durmo para sonhar
Durmo para viver daqui a pouco
Acordo sem sofrimento
Acordo com a voz tímida
Acordo para não me perder nos pensamentos
O caminho da navalha vence todos os peregrinos
O caminho se mostra como adversário
O caminho, no entanto, é o que me vence, o que me mata, e o que me liberta...
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Rainha interna
Mamãe Rainha
Que com suas lindezas de sabedoria nos ensina através das águas profundas que a vida nos impõe
Maravilha de presenaça divina, que com alegria nos permeia do sal, do som que vem das águas
Rainha interna
Deusa eterna em nós
Energia que nos transmuta
Firmeza que opera nos dias sem trégua
Ensina-me mais sobre seu silêncio
Cativa-me para seus braços e abraços, aconchego místico, coração que acalenta
Coloca-me no ritmo dos tambores que tocam a vida, faça-me escutar a melodia que sempre vibra
Oferendas reais
Flores, espelhos e pedaços do coração
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Pintura celeste
Todos os dias o céu me provoca com suas cores
É pintura celestial na perfeita obra do artista
É alegria para os olhos
É alimento de esperança
É beleza que irradia ao finalizar mais um dia
Alegro-me na presença do fim
Semente que brota no outro dia é recompensa para quem espera
Sol que vai e sempre volta é força para nunca abandonar
O cinza vira amarelo
Árvora vira personagem que acena para também dormir..
E sempre há uma cor que não tem nome
Naquela mistura que a imaginação vê quando vazio fica mente
Quando os pensamentos já não pensam...
![]() |
Naquela tarde no parque, quando vi e registrei. Alegre deveria eu estar... |
Todos os dias o céu me provoca com suas cores
É pintura celestial na perfeita obra do artista
É alegria para os olhos
É alimento de esperança
É beleza que irradia ao finalizar mais um dia
Alegro-me na presença do fim
Semente que brota no outro dia é recompensa para quem espera
Sol que vai e sempre volta é força para nunca abandonar
O cinza vira amarelo
Árvora vira personagem que acena para também dormir..
E sempre há uma cor que não tem nome
Naquela mistura que a imaginação vê quando vazio fica mente
Quando os pensamentos já não pensam...
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Olho para trás mas prossigo mais um pouco
Entre tantos trilhos
Um que acompanha um rio
Entre tantos tropeços
Um caminho que só tenha pedras
A arte de andar é a própria arte do movimento, lei eterna que cruza o infinito
Olhos curvados sobre os passos é andar atento, mas perder o vento...
Andar com os olhos voltados para as montanhas é não ver o próximo buraco que se aproxima...
Mas só andar é em si o maior desafio
Carrego minha mochila, cada vez mais vazia
Trago dos lugares pessoas e lições
Trago de lembrança, aquela pessoa que fui
A teoria deixa lugar para a experiência sentida em todos os detalhes
O silêncio da contemplação
O descanso na pedra por segundos confortantes
Que a viagem também seja interna
Que os caminhos trilhados provoquem rupturas ao extremo
Vi um mundo melhor na solidão da mata fechada
Vi pessoas simples distribuindo alegria e cobertor na singela educação de seres evoluídos
Vi poesia feita só pra mim
Vi o calor do êxtase nas descobertas de algumas coisas
E o mundo sempre se expande
E enquanto escrevo, ele se expande mais um pouco ...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
eterna maya de todos nós
Há um silêncio pelo qual eu ainda espero
Um motivo sem sentido para entender o que pergunto
Vi mais pedras, mais estradas atraentes
Quero um atalho que seja só meu
Querer o próximo alegre é não ver que lágrima também limpa
Ver o caminho é descuidar um pouco de quem anda ao seu lado
É perder-se dos outros
Muda-se a aparência e o interno fica o mesmo
Muda-se as palavras, mas no silêncio há um grito muito maior
Muda-se atitudes e no fim, todos ficam iguais
Eterna Maya
Atraente e doce ilusão
Pequena porção de realidade misturada com o amargo preço da vida sufocada
Não é liberdade, é apenas uma opção por escolher não livre ser...
O livre-arbítrio impera ?
E os olhos se fecham pois o prazer é recompensador
E os sonhos ganham sentido nenhum
E a realidade se vai
E a poderosa sombra do irreal em todas as sua mais variadas alternativas, fica estabelecida mais uma vez
Um motivo sem sentido para entender o que pergunto
Vi mais pedras, mais estradas atraentes
Quero um atalho que seja só meu
Querer o próximo alegre é não ver que lágrima também limpa
Ver o caminho é descuidar um pouco de quem anda ao seu lado
É perder-se dos outros
Muda-se a aparência e o interno fica o mesmo
Muda-se as palavras, mas no silêncio há um grito muito maior
Muda-se atitudes e no fim, todos ficam iguais
Eterna Maya
Atraente e doce ilusão
Pequena porção de realidade misturada com o amargo preço da vida sufocada
Não é liberdade, é apenas uma opção por escolher não livre ser...
O livre-arbítrio impera ?
E os olhos se fecham pois o prazer é recompensador
E os sonhos ganham sentido nenhum
E a realidade se vai
E a poderosa sombra do irreal em todas as sua mais variadas alternativas, fica estabelecida mais uma vez
Assinar:
Postagens (Atom)