quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bons ventos sempre chegam

Tranca-se no quarto para que ninguém lhe faça companhia. Arranca a máscara escondida no guarda-roupa para todos serem felizes. Menos ela. E sempre em desespero eterno por ter que calar quando a voz quer o mundo, quando os olhos pedem para que sejam vistos por trás daqueles buracos no pedaço de retrato falso e mal pintado. É claro que isso a deixava triste ...

De saia indiana.
E cabelos soltos.
Com a poesia no pé e o destino na mão.
Assim ela seguia, seguia quem não conhecia.
E falava como quem não tem paredes no coração.
Seu muro era o mar e já se encontrava pronta pra atravessar.
Ás vezes sentia um mero avermelhar na face quando alguém a chamava de "avoada".
E ela era mais ao menos assim - "avoada". Um termo absolutamente normal para quem já sentia o vento embaixo dos pés .

E uma alegria começou a brotar - que nem vento quando trás notícia boa...


Imagem: Google

Um comentário:

  1. esses ventos...
    sempre levando
    trazendo sementes
    que procuram assim
    um bom lugar pra nascer
    é só a terra dar chance...

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