domingo, 4 de setembro de 2011

¨ o desejo da borboleta ¨




O tempo não espera nossa transformação chegar ao final.
É como um jogo de horas que nunca as borboletas vencerão.
E as metamorfoses são incompletas, são ambulantes, deslizando na metáfora das
horas contadas durante o sono.
Viciada em observar sua tranformação, consegui me ver um pouquinho mais além,
e vi com o coração, muito bem ensinada por um príncípe de cabelos que me lembravam o trigo ...
Ver o que se passa lá dentro, daquele casulo injusto, que com seu espaço restrito
deixou-me repousar na insegurança do que me transformarei ... mas o que soul ?

Preciso acelerar meus passos, minhas asas ainda não prontas, minha cabeça
ainda pensando como lagarta - e que nunca se viu como tal.
As horas avançam, o tempo é remido e eu preciso voar
até o ponto mais alto e de lá encontrar as flores mais tristes.
Vim por elas. Vim pela solidão, que não aguentava ficar mais só.
Fiz companhia, já que era minha missão.
Fiz uma melodia - que a ciagarra me roubou.
E vi um tempo que não me pertencia.
Nada era meu - mas sempre soube da renovação humana, com borboletas.
Tudo era uma passagem, que durante suas 24hs fez sua completa incapacidade de entender
muitas coisas ... nada exato.
Mas sempre chega esse tempo que as asas apostam sua valentia diante do que não sabe, das direções
desconhecidas do vento a me empurrar ...
Sempre ao sabor do vento e sinto 'bons ventos para nós'...






2 comentários:

  1. gosto desse jogo de palavras onde tudo no final fica aberto a mais....tudo meio nada

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    1. É o poder da brincadeira nas palavras. A gente usa e abusa pra chegar numa conclusão, mas o melhor de todos é que não há conclusão nenhuma - e a brincadeira continua...

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